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MAIS DO MESMO EM BUSCA DE REVITALIZAÇÃO


por Ricardo Corsetti


Filmes que retratam a cruel perseguição às supostas bruxas, seja de forma séria ou bem-humorada, realmente não são novidade ao longo da história do Cinema.

A célebre e saudosa produtora britânica Hammer, por exemplo, ao longo de duas décadas (anos 60 e 70), nos brindou com grandes clássicos que se caracterizavam por essa temática.


E em A Última Chamada vemos todo um arsenal de referências do passado, somadas às inovações do subgênero nos anos 90. No entanto, é uma pena que todo esse repertório de boas referências não resulte necessariamente num bom filme.


O jovem diretor Timothy Woodward Jr. (O Xerife Pistoleiro, 2018), se mostra inábil para conduzir a trama que envolve o assassinato de uma suposta bruxa, sem cair numa overdose de clichês mal utilizados.


Sustos fáceis e trama absolutamente previsível, infelizmente, caracterizam A Última Chamada. Por isso mesmo, para qualquer pessoa minimamente familiarizada com o gênero horror, é quase impossível ver qualquer sopro de novidade no filme.



Válido enquanto tentativa de revalorização do tema "filmes de bruxa", o filme - infelizmente - patina no gelo, sobretudo no que se refere ao desenvolvimento da trama.


Melhor sorte na próxima tentativa, Mr. Timothy Woodward Jr.






QUANDO CLÁSSICAS REFERÊNCIAS ADULTAS, RESULTAM NUM BOM FILME INFANTIL



por Ricardo Corsetti


O eterna rixa entre cães e gatos, sem dúvida, resultou aqui num ótimo filme, sobretudo destinado ao público infantil, mas que - graças às clássicas referências claramente presentes em sua composição - irá agradar bastante o público acima dos 40 anos.

De Banzé no Oeste (1974), misto de western com comédia dirigido pelo grande Mel Brooks (que assina aqui a produção executiva, aliás) até a ultra clássica série televisiva setentista Kung Fu - estrelada por David Carradine (Kill Bill volumes 1 e 2 , 2002-2004) -, todo um arsenal de referências que, sem dúvida, irão ativar a memória afetiva dos quarentões e cinquentões de plantão, são vistos ao longo de O Lendário Cão Guerreiro.


De forma leve e bem humorada, por meio da repulsa inicial da grande cidade controlada por gatos onde se desenrola a trama, em relação à figura de um simpático cão que sonha em ser samurai, temas como preconceito e não aceitação ao diferente são aqui discutidos.



O trio de diretores Rob Miankoff (O Pequeno Stuart Little, 1999), Mark Koetsier (estreante) e Chris Bailey (Olivier e sua Turma, 1988) mostra muito talento em termos técnicos e narrativos.


Diversão garantida para praticamente todo típico de público, A Lenda do Cão Guerreiro realmente merece uma boa conferida.





UMA EQUIVOCADA TENTATIVA DE TRANSGRESSÃO



por Ricardo Corsetti


Interessante notar como um roteiro que, caso fosse filmado 40 anos atrás, resultaria num filme absolutamente inovador e transgressor. Hoje, sinceramente, soa como um autêntico amontoado de clichês.

Afinal, retratar um escritor boêmio e relativamente "fracassado" em sua carreira literária, algo na linha Charles Bukowski (1920 - 1994), caso não se tome muito cuidado para não se cair em armadilhas do tipo: conferir glamour à porra-louquice por si só, ou idealizar excessivamente o personagem, como um "anjo caído"; a possibilidade de se cair num estereótipo equivocado e ultrapassado é realmente muito grande.


Eriberto Leão (Assalto ao Banco Central, 2011) está bem em cena como o eterno autor de um único livro de sucesso: K-Beto. Mas a forma condescendente por meio da qual se retrata o explícito machismo e hipocrisia do personagem é realmente inaceitável para os dias de hoje. Obs: e olha que se tem alguém aqui que combate a cartilha do politicamente correto, esse alguém sou eu. Mas sinceramente, mesmo assim, achei o personagem intragável.

A propósito, a forma como K-Beto trata sua fã/aspirante à namorada, vivida pela belíssima Gabi Lopes (A Mulher do Meu Marido, 2019), é simplesmente inaceitável.



Destaque para a personagem (melhor amiga do protagonista) vivida por Luana Piovani (O Homem que Copiava, 2003), com uma aparência estranhíssima, diga-se de passagem, com as sobrancelhas raspadas, etc.


A verdade é que, salvo a beleza de Gabi Lopes e algumas boas piadas acerca do universo dos "artistas underground" à brasileira, pouca coisa aqui é verdadeiramente digna de nota.


Conforme eu já havia mencionado, eis uma trama que seria vista como "revolucionária" há uns 40 anos, mas que, atualmente, soa como uma autêntica peça de museu, graças à overdose de clichês narrativos em que se baseia o filme. É uma pena mesmo.




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