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Atualizado: 24 de jun. de 2023





TRAZENDO O SLASHER/GORE AO UNIVERSO MAINSTREAM NOVAMENTE


por Ricardo Corsetti


Embora não acrescente nada de verdadeiramente novo ao universo dos filmes slasher/gore (clássicos subgêneros do cinema de Horror), Terrifier 2 possui o indubitável mérito de, assim como ocorreu com o já clássico Jogos Mortais (James Wan, 2004) no início do século XXI, trazer o divertidamente sanguinário universo dos subgêneros mencionados ao cinema mainstream (destinado ao grande público).

Damien Leone (Terrifier, 2016) demonstra talento como diretor, mas não tanto como roteirista, visto que um filme deste segmento jamais precisaria ter 2 horas e 18 minutos, com cena pós-crédito ainda por cima! Sem dúvida, era possível ter "enxugado" bastante coisa na montagem.


Mas Terrifier 2 possui qualidades que compensam esta derrapada em termos narrativos, tais como: um personagem (vilão) muito interessante e a deliciosa trilha sonora claramente de inspiração oitentista, com aquela sonoridade produzida por sintetizadores, típica daquele período.

Destaque também para a bela e talentosa protagonista vivida por Lauren LaVera (Clinton Road, 2019), uma "final girl" de primeiríssima. Obs: acho absurdas, inclusive, algumas críticas excessivas à sua atuação, afinal, quem, em sã consciência, espera ver uma Meryl Streep (O Diabo Veste Prada, 2005) como protagonista de um slasher/gore?

Detalhe: e que fique claro que eu, particularmente, amo estes subgêneros, e por isso mesmo conheço suas características e convenções bem o suficiente para poder afirmar que LaVera é a protagonista perfeita para este filme.


Para quem já assistiu a alguns dos maiores clássicos do universo slasher/gore, tais como: Terror nas Trevas (Lucio Fulci, 1981), Banho de Sangue (Mario Bava, 1972) e Beyond the Darkness (Joe D'Amato, 1979), por exemplo, Terrifier 2 realmente não traz nada de novo mas, em função de seu caráter de "resgate" e homenagem aos subgêneros mencionados, merece uma boa conferida.


Atualizado: 24 de jun. de 2023




PARK CHAN-WOOK EM FASE DE TRANSIÇÃO



por Ricardo Corsetti


É no mínimo curioso notar que em seu mais recente trabalho, o já lendário diretor sul-coreano de Oldboy (2003), Park Chan-Wook, parece ter incorporado o cineasta chinês Wong Kar-Wai, diretor do belíssimo Amor À Flor da Pele (2000).

Pois, apesar da subtrama policial, o que realmente impera em Decisão de Partir, é mesmo o romantismo característico da obra de seu contemporâneo chinês.


Mas isso não quer dizer, de forma nenhuma, que Park Chan-Wook tenha perdido sua personalidade e "assinatura". Afinal, seu trabalho de direção em Decisão de Partir, é mesmo primoroso, caracterizado por uma decupagem bastante elaborada e criativa, além de primar também por um senso de humor muito peculiar.


Há algumas reviravoltas um tanto desnecessárias na trama mas, graças ao talento narrativo do diretor e corroteirista, isso não chega a comprometer o resultado.

Faltou apenas um pouco mais daquela deliciosa violência estilizada que normalmente caracterizava os melhores trabalhos de Park Chan-Wook, assim como ocorria no já citado e clássico Oldboy.


Obs: o "sadismo engajado" e pseudo-feminista da coprotagonista chegam a lembrar a personagem principal de Audition (1999), do célebre diretor japonês Takashi Miike. Mas de leve, bem de leve.


Em determinados momentos, Decisão de Partir pode até não parecer propriamente um filme de Park Chan-Wook mas, sem sombra de dúvida, é tecnicamente muito bem realizado e só comprova que a Coréia do Sul é, atualmente, uma autêntica super potência cinematográfica.


Atualizado: 24 de jun. de 2023





CREPÚSCULO DE UMA DEUSA


por Ricardo Corsetti


Divertida comédia dramática a respeito de um charmoso casal de vigaristas e aproveitadores profissionais, vivido por Pierre Niney (Golias, 2021) e pela bela e charmosíssima Marine Vacth (Jovem e Bela, 2013).

O principal mérito de A Farsa, aliás, reside na qualidade de seu elenco que conta ainda com o excelente François Cluzet (Intocáveis, 2011) e também com a ex-diva suprema do cinema francês Isabelle Adjani (Possessão, 1981).


Observação pertinente: ao lado da outra Isabelle (Huppert) de A Professora de Piano (Michael Haneke, 2002), por exemplo, mademoiselle Adjani sempre foi uma de minhas atrizes preferidas, mas, após ver seus mais recentes trabalhos, uma conclusão é inevitável: ela realmente não é mais a mesma. E não digo isso apenas por conta de sua atual aparência física, claro que não. Mas é fato que tal aparência, onde já não é possível encontrar qualquer expressão facial, obviamente, acaba comprometendo seriamente seu desempenho como atriz. Fato realmente lamentável.

O desenvolvimento da trama acaba pecando um pouco pelo excesso de reviravoltas, às vezes desnecessárias. Mas, em termos gerais, funciona muito bem graças a um elenco - em sua maioria - muito afinado, que nunca deixa a coisa desandar.

Filme charmoso e elegante, com destaque para um belo trabalho de direção de arte (cenografia e figurinos), onde há inclusive - nas entrelinhas - um certo "Q" de crítica/sátira à hipocrisia das convenções sociais presente no universo da burguesia francesa, mas que, cá entre nós, caracteriza o universo das elites em qualquer lugar do mundo.


Um filme tipicamente europeu, cuja sutileza com que se apresentam determinadas situações, dificilmente seria vista num filme norte-americano, por exemplo.




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